A alma nasce simples e ignorante. Nós estamos encarnados na Terra, um lugar cheio de belezas e temos uma vida confortável. Também é fato que existe muita violência em nosso planeta. Então como conseguimos chegar até essa existência, se há tanta violência? Em palestra aos canais digitais da Associação Espírita Fé e Caridade, Ana Paula da Cunda nos esclarece que o progresso moral e intelectual nem sempre evoluem juntos.

Progresso moral e intelectual

A palestrante nos convida a refletir: o que podemos fazer para acelerar a evolução moral? Despertando para a responsabilidade e para o dever. A responsabilidade de trabalhar nessa vida para assumir o papel que nos é destinado, e o dever de ser útil em qualquer situação, favorecendo o progresso da sociedade, vivendo com dignidade.

O progresso intelectual muitas vezes nos faz percorrer caminhos difíceis e nos faz perceber que o progresso moral e intelectual deveriam caminhar juntos, mas não ocorre necessariamente assim.

Escolha íntima

Esses caminhos difíceis pelos quais passamos durante a evolução nos levam a situações nas quais temos uma escolha. Podemos: 

  1. Manter o equilíbrio: manter-se calmo, sem rancor, indulgente.
  2. Não manter o equilíbrio: produzindo atos ou pensamentos violentos. 

Estas situações ocorrem em todas as escalas, seja em conflitos nacionais, seja na nossa própria casa, em conflitos familiares.

E são estas situações, essenciais no processo de aprendizagem, que irão nos identificar. Quando pensamos no mal (que alguém merece sofrer, por exemplo), precisamos nos disciplinar.

Valorização da vida

No caso de Lázaro, um criminosso suspeito de matar quatro pessoas da mesma família, que foi morto por dezenas de tiros quando a polícia o perseguia em junho de 2021, a execução não era a melhor solução. Nós espíritas acreditamos que o progresso moral se dá por diversas encarnações. Quando ele foi executado, o tempo que tinha em vida como aprendiz foi retirado, e a justiça e misericórdia divina fará com que ele volte em outra encarnação.

Não queremos dizer aqui que devemos amar os maus assim como amamos nossos amigos e nossa família. Conforme vemos no capítulo XII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no item “Retribuir o mal com o bem”, a lei dos homens é boa, e deve ser cumprida. Não há como concordar com o crime. Mas um crime não justifica o outro. O crime necessita ser eliminado, mas o criminoso merece ser reeducado.

Nosso desafio neste mundo é viver sem nos deixar levar pelas vibrações ruins, que são muitas. Vigiar a nós mesmos para não emitir palavras e pensamentos maus, e sempre que possível, contribuir com o planeta emitindo boas vibrações.

Acompanhe agora a íntegra da palestra que inspirou esta publicação:

*Colaborou para esta publicação: Diego Tondo Souza.
** Imagem em destaque via Pexels.com.

Categorias: Notícias

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