A visão espírita da pandemia é um dos temas mais buscados no último ano por seguidores da Doutrina Espírita, simpatizantes e mesmo por curiosos que buscam explicações mais profundas para o que vem ocorrendo no mundo desde 31 dezembro de 2019, quando a COVID-19 tornou-se conhecida pela Organização Mundial da Saúde (inicialmente a doença foi identificada como uma pneumonia viral atípica, ocorrida em Wuhan, na China).

É natural do ser humano buscar explicações para as questões que o acometem. Queremos saber por que determinado fato aconteceu, o que o provocou, qual a saída para os problemas. Questionamentos mais construtivos decorrem destes iniciais, como: o que aprendo com isso? O que posso fazer para ajudar?

Obras espíritas foram publicadas durante este período, como No Rumo do Mundo de Regeneração, por Manoel Philomeno de Miranda, na psicografia de Divaldo Franco, e O Espiritismo e A Pandemia, organizada por trabalhadores e pesquisadores da Fergs. Juntamente a dezenas de outras obras anteriores, desde as obras básicas da Codificação Espírita, além de mensagens de espíritos venerandos como Joanna de Ângelis, Bezerra de Menezes e Bittencourt Sampaio, conseguimos encontrar caminhos de interpretação para tais questões.

A partir de tais obras e baseada em palestra transmitida nos canais digitais Associação Espírita Fé e Caridade, esta publicação colocará sete perguntas com objetivo de contribuir para estas reflexões.

1. O que é a pandemia, na visão espírita?

A pandemia da Covid-19 pode ser considerada um flagelo destruidor, conforme consta nas questões 737 a 741 de O Livro dos Espíritos. Entra na lista dos flagelos naturais e independentes do homem, entre eles a peste, a fome, as inundações e as intempéries fatais às produções da terra.

Questionada por Kardec, a espiritualidade esclarece que tais flagelos têm por finalidade fazer a humanidade progredir mais depressa. Em resposta à questão 740, lemos:

Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo.
— O Livro dos Espíritos, questão 740.

Sabemos que a humanidade já progrediu intelectualmente a ponto de evitar alguns flagelos que no passado dizimaram centenas de milhares de pessoas, muitas delas epidemias provocadas por bactérias e também por vírus como o que provoca a COVID-19. Desse conhecimento, decorre a próxima pergunta…

2. Como foi possível o surgimento de vírus tão letal?

Se a humanidade já progrediu e muito intelectualmente, o mesmo não podemos dizer sobre o avanço moral. O desenvolvimento do sentimento de amor fraterno ainda carece de dedicação. O resultado é o que Joanna de Ângelis traz na obra Vidas Vazias:

As densas névoas de natureza vibratória que pairam sobre a sociedade atual produzem um tóxico de natureza entorpecente que a quase todos os indivíduos coloca em semitranse. (…) Esse transe é pestífero porque vitaliza miasmas psíquicos que se transformam em vírus e bactérias agressivos que infestam os organismos em desarmonia. Surgem doenças repentinamente, e distúrbios individuais de etiologia desconhecida dizimam esses incautos.
— Joanna de Ângelis, em Vidas Vazias (grifo nosso).

Miasmas são criações mentais de pensamentos negativos, também conhecidas como larvas astrais. São ideias projetadas pela mente humana e materializadas no mundo espiritual, mantidas pela força de nossos pensamentos maldosos, viciosos, vingativos, de baixa frequência.

Joanna de Ângelis explica que nossa mente, nossa casa mental, emite ondas que se transformam em ideias. Essas ideias se condensam e formam fenômenos materiais. O pensamento é como uma máquina capaz de gerar força… Nesse caso, forças nocivas que permitiram a alimentação de um vírus resistente e capaz de se multiplicar de forma que nunca havíamos antes registrado. Claro que tal força não foi produzida por um único ser. O vírus é portanto obra coletiva da humanidade, e coletiva também é nossa responsabilidade em trabalhar para a melhora do cenário criado.

Mas também não são de hoje os hábitos viciosos, nem o individualismo egoísta… então nos ocorre a próxima pergunta.

3. Por que a pandemia veio a ocorrer neste momento?

Encontramos importantes indicativos sobre a relação entre o momento da humanidade e o avanço do vírus que provocou a pandemia da Covid-19 no livro No Rumo do Mundo de Regeneração. Pela psicografia de Divaldo Franco, o espírito Manoel Philomeno de Miranda relata participar de importante reunião ocorrida no coração da Amazônia. Ele descreve a beleza das construções do local no plano espiritual, inclusive certo edifício circular que recordava o Coliseu de Roma, porém em menor dimensão, com iluminação especial do próprio material com que fora edificado.

O autor espiritual descreve o esplendor vibratório do prédio, que encontrava-se lotado para a reunião composta por mensageiros de Jesus. Vinham para advertir a Humanidade e declarar definida a mudança evolutiva do globo. Manoel Philomeno de Miranda transcreve parte de uma comunicação do guia espiritual responsável pelo Brasil, o Anjo Ismael, que faz um resumo da jornada evolutiva do planeta, à luz da Lei do Progresso. Em seguida declara:

Graças a essa inderrogável lei, o progresso alcançou a submissa Gaia, como a chamavam os gregos antigos, alcançou o seu clímax neste nível de evolução mais elevado (…) Um Mundo Regenerado onde se poderá prelibar a ventura é oferecido pelo Pai aos filhos terrestres. Isto porque o Senhor não deseja a destruição do equivocado, mas o desaparecimento do crime e por misericórdia diminuirá o tempo de depuração.
— Anjo Ismael, no livro No Rumo do Mundo de Regeneração.

O Anjo Ismael faz em seguida referência à misericórdia divina, que em sua infinita bondade apenas permite o mal quando em benefício da humanidade.

Estavam previstos horrores e alucinações devastadores, em guerras impiedosas, a começar pelos lares em desalinho, comunidades e países que seriam aniquilados… quando tudo mudou… Este período é muito mais sério do que se pensa ou se trabalha para que logo passe. As sonhadas soluções apressadas mediante Vacinas Preventivas e Terapêuticas Providenciais atenuarão, mas não solucionarão os sofrimentos programados para a sociedade atual. Sucede que o estabelecido se cumprirá e aqueles que preferirem o caos serão exilados para mundos congêneres.
— Anjo Ismael, no livro No Rumo do Mundo de Regeneração.

Temos, portanto, que o momento coletivo é de transição planetária, em que a Terra se preparada para atingir o patamar de planeta de regeneração, estágio em que os mundos servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes (O Evangelho Segundo O Espiritismo, capítulo 3).

Vemos, portanto, que a pandemia ocorrer nesse momento tem sua razão de ser. Como indica o Anjo Ismael, a permissão da misericórdia divina para tal vem em função de evitar que situações ainda piores pudessem ocorrer, como veremos na questão a seguir.

4. O que acontece no momento de transição planetária?

Sabemos que esta não é a pior pandemia que o mundo já viveu. Recentemente o historiador e pesquisador de Harvard Michael McCormick publicou na revista Science que uma crise de 100 anos ocorrida entre os séculos 6 e 7 teria sido o pior flagelo de todos os tempos. Em 536 D.C. uma névoa misteriosa tomou conta da Europa, Oriente Médio e Ásia deixando a região sem luz solar por 18 meses. Era decorrente da erupção de um vulcão na Islândia e causou a diminuição da temperatura entre 1,5˚ e 2,5˚. A consequência foi uma série de desequilíbrios ambientais que culminaram na peste bulbônica conhecida como Praga de Justiniano, que provocou a morte de 25 a 100 milhões de pessoas — equivalente a 35%-55% da população.

Portanto já passamos enquanto humanidade por desafios maiores. Mas os tempos atuais têm sido especialmente desafiadores para nossa superação individual. A pandemia atual é um flagelo coletivo, mas precisamos considerar as jornadas individuais. Muitos estão enfrentando o luto, o medo, a perda, de formas muito diferentes. A doença em si traz muitas dificuldades. Não está sendo fácil, sabemos, e a dificuldade vem justamente num momento crítico para nossa transformação íntima.

Quem trouxe informações sobre a relação entre a jornada coletiva e a transformação individual foi o benfeitor Bittencourt Sampaio. Estão contidas em uma mensagem psicografada por Francisco Candido Xavier chamada “Ais do Apocalipse”, que foi publicada na década de 1930 no livro Palavras sublimes.

O Cristianismo, em suas origens simples e puras, iniciou um ciclo de progresso espiritual no planeta e o século XX, com as suas concepções de liberdade, dentro da razão e da ciência, assinala a transação entre a morte do mundo material e o nascimento de uma nova era. É claro que nem todos os homens se apercebem da verdade evangélica, porém, apáticos ou indiferentes, serão tocados pela vibração que fará estremecer todas as almas e estalar de ansiedade os corações.
— Bittencourt Sampaio, no livro Palavras Sublimes (grifo nosso).

Se no passado os desafios da humanidade eram em maioria de ordem física, de sobrevivência, passamos no último século a ver as doenças emocionais como grandes vilãs de nosso progresso. No século 20 conhecemos de perto a ansiedade e tivemos a depressão sendo chamada como “a doença do século”, mal que acomete cerca de 6 a cada 100 brasileiros, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

Segue Bittencourt Sampaio:

Chegaram os tempos em que a verdade será dita de cima dos telhados e, sem retórica, serão as dores as portadoras das suas mensagens, porque o “homem velho” reagirá contra o “homem novo”.
— Bittencourt Sampaio, no livro Palavras Sublimes.

Interessante pensar sobre como o velho e o novo disputam espaço em nosso íntimo… Queremos a mudança em nós, mas para que ela aconteça precisamos abrir espaço, e lidar com um certo período de instabilidade que decorre em função da própria mudança.

Quando vamos reformar uma casa, por exemplo, precisamos alterar os cômodos, mudar móveis de lugar, nos desfazer de itens que já não servem. Tudo isso para que o projeto do novo realmente venha a existir dentro daquela habitação. Com nossa “casa mental”, com nosso íntimo, ocorre da mesma forma. Para acolher a regeneração dentro de nós é importante abrir mão de comportamentos que já não servem, de pensamentos viciosos, de respostas automáticas que já deveriam ser superadas. É preciso remover o orgulho e o egoísmo para que o amor e a fraternidade ganhem espaço dentro de nós.

Ainda na mensagem de Bittencourt Sampaio vemos que:

Tais acontecimentos serão atestado de um trabalho de seleção que se fará entre todos os elementos espirituais do orbe terráqueo e o homem, amedrontado, assistirá aos funerais de toda uma civilização que, tendo nas veias do seu vasto organismo o sangue metálico, o ouro corruptor dos seus anseios de espiritualidade, conservador dos instintos animalizados, sangue viciado pelo vírus de um egoísmo sem limites, morrerá intoxicada pelos excessos e pelos desvarios a que se entregou desenfreadamente.
— Bittencourt Sampaio, no livro Palavras Sublimes.

Interessa refletirmos sobre a expressão “o vírus do egoísmo”. Leva a pensar que as dores são consequências de nossas escolhas individualistas e imediatistas que vêm à tona nesse momento em que Bittencourt Sampaio chama atenção ao “trabalho de seleção”.

Quem explica com muita clareza também o que ocorre nesse momento do planeta, tanto do ponto de vista material quanto espiritual é Bezerra de Menezes, benfeitor que em sua última encarnação ficou conhecido como “médico dos pobres”. Dez anos antes desta pandemia ocorrer, ele trazia por intermédio do médium Divaldo Franco em uma bela mensagem psicofônica revelações do ponto de vista do plano espiritual para a transição planetária.

Sucede que a Terra vivencia, neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração.
Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções.
As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, e da decadência das conquistas da civilização e da cultura…
Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no planeta terrestre não apenas como látego mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitoriedade do corpo, com o propósito de convocar as mentes e os corações para o ser espiritual que todos somos. Fala-se sobre a tragédia do cotidiano com razão.
— Bezerra de Menezes em mensagem transmitida por Divaldo Franco em Los Angeles (13/11/2020).

Nos perguntamos também sobre o que acontece no plano espiritual neste momento. Segundo Bezerra de Menezes:

Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado.
E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta, irão ao exílio em orbes inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza primitiva, como nos aconteceu no passado.
Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais.
Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade.
— Bezerra de Menezes em mensagem transmitida por Divaldo Franco em Los Angeles (13/11/2020).

De um lado Bezerra relata o retorno à matéria de espíritos ainda iludidos em vinganças, crimes e pensamentos odiosos. O que não deve nos assustar, mas sim, convidar à oportunidade da prática do amor e da caridade, na certeza de que somos todos irmãos, filhos de um Pai misericordioso. Bezerra também narra a vinda de benfeitores ao planeta, que nos servirão de acalento e inspiração.

A questão passa a ser se essa transformação planetária, passada a fase de transição, ocorrerá de uma só vez? Ou demorará muitos anos, talvez séculos? O que nos leva à próxima pergunta…

5. A pandemia será o meio pelo qual ocorrerá a transição planetária?

Encontramos a resposta para esta questão nas obras da codificação da Doutrina Espírita. Allan Kardec relata em A Gênese, já em 1868, como ocorrerá a transição planetária.

A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas. A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares. Têm ideias e pontos de vista opostos as duas gerações que se sucedem. Pela natureza das disposições morais, porém, sobretudo das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração.
— Allan Kardec em A Gênese, capítulo 18.

Tudo, portanto, a seu devido tempo. Saímos de um panorama coletivo para ver a pandemia sob um prisma individual. Por meio de Kardec, sabemos que a transição planetária não se dará de uma hora para outra e nem por meio de fenômenos externos — mas antes por meio de nossa transformação íntima. Cada um de nós é responsável pela aquisição de virtudes eternas da alma: a paciência, a benevolência, a fraternidade, o amor e tantas outras. E quando a maior parte de nós tiver feito tais aquisições, o planeta se transformará.

Assim, sempre que nos cerquemos de perguntas investigativas sobre determinado problema, nesse caso a pandemia, lembramos de abrir espaço nos corações para questionar a solução e a nossa evolução dentro desse contexto. Nesse caso, vêm à mente duas perguntas importantes, que vemos a seguir.

6. O que a pandemia pode nos ensinar?

Consideremos os ensinamentos eternos, que levaremos para toda nossa existência como espíritos imortais que somos. Muitos passaram pela dor da perda de entes queridos, o medo da doença, o luto coletivo, perdas materiais em função dos revezes econômicos do último ano.

Esse é o momento de nos perguntarmos: como estamos hoje em comparação a 18 meses atrás? Estamos deixando o medo tomar conta de nós? Ou estamos nos reconectando com nossa fé? Ficar isolados em casa com a família foi difícil? Sabemos que do ponto de vista espiritual a família é composta de almas simpáticas que encontramos para nos apoiar nesta encarnação, além daquelas com as quais nos reencontramos para reajustes. Dessa forma, usamos a oportunidade do isolamento em casa para o convívio fraterno e a prática do perdão?

O luto foi motivo de revolta? Ou de refletir sobre a imortalidade da alma e fazer mais preces em benefício dos desencarnados? Serviu para consolar e estreitar os laços de amor com os que ainda convivemos na matéria?

O momento de polarização de opiniões, escândalos políticos… Eles nos desestabilizam? Fazem com que compartilhemos irritação e raiva nas redes sociais? Ou estamos exercendo a paciência e a benevolência para com aqueles que estão no poder, traçando seus próprios caminhos evolutivos?

Como fizemos para proteger o sistema imunológico, fisicamente, com protocolos de higiene e, espiritualmente, com disciplina, rotinas de preces, grupos de estudo, atividades na caridade, ainda que à distância, ligações para pessoas queridas, doações e arrecadações a quem precisa?

Passamos álcool nas mãos e higienizamos também a mente? Escolhendo os pensamentos construtivos, otimistas, amorosos, evitando queixas, amargor, reclamação… Afinal, estamos escolhendo o medo ou a fé?

Para todos esses pontos precisamos de esforço. Para melhorar o clima em casa, para escolher os pensamentos construtivos, para não ceder à preguiça ou maledicência… E se o esforço que fizermos não resolver, ao menos nos trará avanços na aquisição das tão sonhadas virtudes da alma, entre elas a fraternidade — que nos leva à última questão deste artigo.

7. Como ajudar e acalentar corações durante a Pandemia?

Vimos que o momento é de reconexão conosco mesmos e com nossos irmãos. Oportunidades de agir de forma fraterna, material e moralmente, se apresentam a todo instante. Participar de campanhas que ajudem a acalentar pessoas em situação de risco social certamente é um dos caminhos para a caridade.

Além disso, contribuir com preces, manter nossa vibração em alta e fornecer bom ânimo às pessoas que convivem conosco também são formas muito bem-vindas de colaborar com o momento de transição planetário.

Vejamos algumas recomendações dos espíritos de luz para nossa conduta? Nas mesmas mensagens de esclarecimento e alerta que citamos até aqui eles nos trazem acalento e motivação para seguirmos.

Reencarnastes para contribuir em favor da Nova Era.
As vossas existências não aconteceram ao acaso, foram programadas. Antes de mergulhardes na neblina carnal, lestes o programa que vos dizia respeito e o firmastes, dando o assentimento para as provas e as glórias estelares.
— Bezerra de Menezes em mensagem transmitida por Divaldo Franco em Los Angeles (13/11/2020).

Nada consiga abater o teu ânimo, nem cedas à dúvida, que é uma nuvem dificultando a claridade do raciocínio. Luta contra as tuas fracas forças e não te deixes abater, não te entregues. O Evangelho é canção de alegria inefável e a ti está confiado. Vive-o em toda a sua magnitude e não concedas espaço ao temor ou à entrega do amolentamento, que logo mais desaparecerá, no fragor da batalha redentora, se permaneceres irretocável no teu dever.
— Joanna de Ângelis, no livro Vidas Vazias.

Jesus presidiu e presidirá a todas as transformações do planeta e o que se faz mister é que vos identifiqueis com ele. Para esse trabalho superior e dignificante, tendes o Evangelho, sinopse de todos os compêndios do aperfeiçoamento espiritual. Orai e vigiai, mas, sobretudo, amai muito. Aguardai sem desânimo e sem impaciência a hora que se aproxima. Sede os verdadeiros trabalhadores da seara divina.
— Bittencourt Sampaio, no livro Palavras Sublimes.

E você, que lê o artigo neste momento: o que você aprendeu com essa pandemia? Como tem feito para colocar seus aprendizados a serviço do próximo? Escreva seu comentário no espaço abaixo deste artigo e contribua com nossas reflexões!

Acompanhe agora a íntegra da palestra que inspirou esta publicação:

* Contribuiu para esta publicação: Emilia Chagas.

Categorias: Notícias

5 comentários

Ana Maria · 13 de julho de 2021 às 18:00

Ser espírita não quer dizer que não passaremos por altos e baixos, não sofreremos e muitas vezes cairemos. Porém, a coragem de se levantar e se transformar, e o esforço na prática do bem é que o caracteriza…
Neste 1 ano e meio de pandemia me percebi com muito medo da doença no início. Medo do desconhecido. Mas aos poucos, os estudos, as orações em família, a meditação foram ajudando a me equilibrar. Ajudou lembrar que sou Espírito imortal, que colherei o que planto… Então a importância de plantar amor.
–O que aprendi até agora com a pandemia?
A importância da união da família, que não precisamos estar presencial para estar perto. A importância do olhar, da força do pensamento. Em conseguir abraçar o outro com a energia de amor para com ele. A importância da prece e de cuidar da saúde mental. E também sobre a brevidade da encarnação… na correria do dia-a-dia esquecemos que vamos desencarnar… ignoramos os avisos que nos são dados para valorização do presente. E por último, o desencarne de entes queridos me fez refletir muitas coisas, dentre elas a importância de reconciliar-se com as pessoas enquanto ainda caminhamos juntos na mesma encarnação. Me perguntei algumas vezes, “e se eu desencarnasse agora, estaria tudo bem?” digo, “não ficou relações com pendências emocionais” ou “como (em que estado) eu chegaria no plano espiritual?”.
–Como tem feito para colocar seus aprendizados a serviço do próximo?
Por ser de risco, me afastei do trabalho assistencial de sábado na AEFC, onde trabalhadores queridos ainda continuam fornecendo alimento material e espiritual para pessoas em situação de rua. Não fabriquei máscaras ou precisei reinventar meu trabalho, que se adaptou bem em casa. Em contrapartida, contribui para pessoas que colocaram e ainda colocam a mão na massa… fazendo máscaras, ajudando famílias necessitadas, aquecendo quem não tem condições nesse frio, organizando a profissionalização de mães desamparadas…
Quando sinto que estou fazendo pouco por essas pessoas, o que me conforta é tentar dar mais amor e atenção, ser mais paciente, e tentar ser alguém melhor para aqueles que tenho contato em casa, ou virtualmente. Afinal… o próximo é aquele que está ao nosso alcance, em volta de nós em cada momento da vida.

Redação AEFC · 14 de julho de 2021 às 12:01

Fiquei emocionada com suas respostas, Ana, querida. :’)
Obrigada por compartilhar seus aprendizados. Algo que deixei de citar na palestra e no artigo e que você traz aqui é que a pandemia nos trouxe a experiência de estar junto vibracionalmente, energeticamente, como já fazemos enquanto espíritos na erraticidade mas não havíamos experimentado ainda de forma tão intensa enquanto encarnados.
Muito, muito obrigada por suas palavras, por seu carinho… são uma inspiração.
– Emilia.

Gabriel · 23 de junho de 2022 às 09:19

Eu estava curioso sobre essa grande pandemia, agradeço pela grande ajuda e por todo esse conhecimento obrigado aos criadores, e obrigado aos espíritos superiores.

Redação AEFC · 6 de agosto de 2022 às 10:37

Nós é que agradecemos, Gabriel. Que a espiritualidade amiga siga inspirando seus estudos.

Lei de destruição · 13 de junho de 2023 às 10:21

[…] houve a importante menção às pandemias ao longo da história, pensando, sobretudo, no que a pandemia da COVID-19 veio nos ensinar, como o que aconteceu com o momento do Lockdown, quando houve a necessidade de as […]

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