Fiel \u00e0 amizade, viajou ao encontro dos amigos e em 6 de setembro de 1853 desembarcou em Jersey, uma pequena ilha de 116 quil\u00f4metros quadrados. A viagem foi excessivamente fatigante, uma vez que se encontrava doente, acometida por um tumor maligno.<\/p>\n
Din\u00e2mica, contudo, ela n\u00e3o se deixava abater em demasia. Um pouco triste e melanc\u00f3lica, estava igualmente feliz por rever Victor Hugo e a fam\u00edlia.<\/p>\n
\u00c0 hora do jantar, narrou as not\u00edcias de Paris, no intuito de trazer um pouco da p\u00e1tria para os exilados. Com entusiasmo, referiu-se \u00e0s mesas girantes. Na pequena ilha de Jersey algumas tentativas tinham sido feitas, sem sucesso.<\/p>\n
Delphine, sem aguardar a sobremesa, saiu em busca de uma mesa pequena, redonda. As sess\u00f5es foram longas e cansativas. E, ao que parece, sem sucesso nos primeiros cinco dias.<\/p>\n
Victor Hugo, c\u00e9tico, aderiu \u00e0s reuni\u00f5es somente para n\u00e3o desagradar a amiga. Finalmente, no domingo 11 de setembro, a concentra\u00e7\u00e3o e o sil\u00eancio foram recompensados. Aconteceu uma comunica\u00e7\u00e3o que mudaria os rumos da vida do grande escritor franc\u00eas. Quem se comunicou atrav\u00e9s da mesa foi sua filha L\u00e9opoldine. A amada filha havia morrido tragicamente, afogada em um lago durante um passeio de barco com o marido, durante a lua de mel. Foi naquela situa\u00e7\u00e3o de infelicidade que Victor Hugo escreveu a obra Os Miser\u00e1veis.<\/p>\n
Observamos agora como Delphine de Girardin se colocou diante dos ensinamento trazidos pelos esp\u00edritos na oportunidade, bem como as suas atitudes de seriedade e confian\u00e7a em rela\u00e7\u00e3o aos fen\u00f4menos apresentados.<\/p>\n
Precisamos conhecer, estudar e nos esfor\u00e7ar para que nosso aproveitamento espiritual seja o melhor poss\u00edvel.\u00a0<\/p>\n
Toda a gente fala da desgra\u00e7a, toda a gente j\u00e1 a sentiu e julga conhecer-lhe o car\u00e1ter m\u00faltiplo.
Venho eu dizer-vos que quase toda a gente se engana e que a desgra\u00e7a real n\u00e3o \u00e9, absolutamente, o que os homens, isto \u00e9, os desgra\u00e7ados, o sup\u00f5em.
Eles a veem na mis\u00e9ria, no fog\u00e3o sem lume, no credor que amea\u00e7a, no ber\u00e7o de que o anjo sorridente desapareceu, nas l\u00e1grimas, no f\u00e9retro que se acompanha de cabe\u00e7a descoberta e com o cora\u00e7\u00e3o despeda\u00e7ado, na ang\u00fastia da trai\u00e7\u00e3o, na desnuda\u00e7\u00e3o do orgulho que desejara envolver-se em p\u00farpura e mal oculta a sua nudez sob os andrajos da vaidade; a tudo isso e a muitas coisas mais se d\u00e1 o nome de desgra\u00e7a, na linguagem humana. Sim, \u00e9 desgra\u00e7a para os que s\u00f3 veem o presente; a verdadeira desgra\u00e7a, por\u00e9m, est\u00e1 nas consequ\u00eancias de um fato, mais do que no pr\u00f3prio fato. Dizei-me se um acontecimento, considerado ditoso na ocasi\u00e3o, mas que acarreta consequ\u00eancias funestas, n\u00e3o \u00e9, realmente, mais desditoso do que outro que a princ\u00edpio causa viva contrariedade e acaba produzindo o bem. Dizei-me se a tempestade que vos arranca as \u00e1rvores, mas que saneia o ar, dissipando os miasmas insalubres que causariam a morte, n\u00e3o \u00e9 antes uma felicidade do que uma infelicidade. Para julgarmos de qualquer coisa, precisamos ver-lhe as consequ\u00eancias. (…)
A infelicidade \u00e9 a alegria, \u00e9 o prazer, \u00e9 o tumulto, \u00e9 a v\u00e3 agita\u00e7\u00e3o, \u00e9 a satisfa\u00e7\u00e3o louca da vaidade, que fazem calar a consci\u00eancia, que comprimem a a\u00e7\u00e3o do pensamento, que atordoam o homem com rela\u00e7\u00e3o ao seu futuro; a infelicidade \u00e9 o \u00f3pio do esquecimento que ardentemente procurais conseguir.
— O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap\u00edtulo V item 24.<\/p><\/blockquote>\n
Ensinamentos eternos<\/h2>\n
Nesse momento Delphine vem nos mostrar a import\u00e2ncia das nossas vidas, nos incentivando a trabalhar para o bem e seguir Jesus, seguir o evangelho. Queremos tamb\u00e9m observar a sa\u00edda de Victor Hugo para essa Ilha em que se exilou por 15 anos. Per\u00edodo que para ele foi muito doloroso mas muito rico para sua criatividade, dispondo-se a receber visitas como da amiga Delphine, que ampliou seu conhecimento da imortalidade da alma e permitiu o contato e acalento trazidos pela filha desencarnada.\u00a0<\/p>\n
Podemos observar que mesmo em ocasi\u00f5es que aparentam ser ruins temos motivos para confiar que Jesus est\u00e1 conosco na caminhada. Mesmo a gente achando que a situa\u00e7\u00e3o est\u00e1 muito dif\u00edcil, tenhamos a certeza de que tudo vai passar. N\u00f3s vamos ter outro momento na vida em que consiguiremos superar as dificuldades.\u00a0<\/p>\n
Tenhamos for\u00e7a \u00edntima e se n\u00e3o a encontrarmos, que busquemos Jesus para recuperar nossa for\u00e7a Nele. Pedimos que a miseric\u00f3rdia divina possa amparar os cora\u00e7\u00f5es de cada um de n\u00f3s, que finalizemos essa leitura fortalecidos no amor de Jesus, com muita esperan\u00e7a e muita paz no cora\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Acompanhe agora a \u00edntegra da palestra que inspirou esta publica\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n