Na série Conversando sobre Espiritismo, destinada especialmente ao público em tratamento espiritual na Associação Espírita Fé e Caridade, a trabalhadora Sandra Lemos propõe uma conversa a respeito do carnaval. 

Sandra inicia resumindo o que a Doutrina Espírita nos traz através do depoimento e informações de benfeitores espirituais que trabalham incessantemente durante este período nas colônias espirituais a fim de dar o suporte energético, necessário para o planeta nestes dias de festa. 

Carnaval no mundo espiritual

Quando falamos de carnaval lembramos de alegria, de festas, de desfiles das escolas de samba, de arte, de beleza e também de descanso — já que muitos de nós procuramos um recanto para descansar e refazer as nossas energias.

Porém nós sabemos que também é um período em que muitas pessoas utilizam para extravasar sua energia em forma de alegria. Por vezes uma alegria exagerada. Infelizmente, fazem uso de entorpecentes, drogas e álcool, utilizam o sexo de maneira irresponsável, promíscua. Infelizmente também há nesse período o crescimento da violência, aumento do número de crimes como assaltos, estupros, assassinatos e agressões das mais variadas formas.

Tudo isso leva à formação de uma psicosfera muito pesada na Terra. “Isso quem descreve são os benfeitores espirituais. São fluidos deletérios de difícil emancipação,” descreve Sandra. Nessas colônias espirituais existe nesse momento um trabalho intenso para o auxílio que é tão necessário.

O alerta da espiritualidade é para que tenhamos cuidados. Todos nós podemos nos divertir, o que não é errado. Podemos até procurar um momento de alegria, algo que dê prazer, como participar ou observar um desfile carnavalesco, um baile, com música e dança. Mas tenhamos os devidos cuidados, pois quando nos envolvemos nesses ambientes estamos nos expondo a locais onde existem as mais variadas formas de obsessão.

Carnaval e obsessão

No livro Nas fronteiras da loucura, psicografado por Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Manoel Filomeno de Miranda, o benfeitor espiritual descreve o período do carnaval de 1968 na cidade do Rio de Janeiro. Todo o trabalho socorrista realizado naquela cidade foi para amparar espíritos tanto encarnados quanto desencarnados.

Descrevem-nos os espíritos que participaram ali dos trabalhos que a psicosfera da cidade era terrível. Os encarnados, através das suas atitudes descontroladas, do sexo irresponsável e promíscuo se envolviam em situações de tal forma que as entidades desencarnadas que se compraziam daquele tipo de comportamento se acoplavam a eles de uma maneira que os benfeitores já não sabiam se era o encarnado que vivia aquele momento ou se era o desencarnado — porque eles pareciam um só.

Os desencarnados levavam os encarnados à perda total do controle dos sentidos e do corpo. O que Allan Kardec descreve em O Livro dos Médiuns como sendo um processo de obsessão chamado subjugação, que é quando o indivíduo já não tem mais controle dos seus atos e fica à mercê daquele espírito. É claro que esse tipo de comportamento levava todas aquelas pessoas ali a situações deploráveis, como a aquisição de doenças sexualmente transmissíveis e outras consequências.

Passados aqueles momentos, ainda persistiam os sintomas de obsessão. Os encarnados seguiam sendo perseguidos por aqueles obsessores, porque ele se conectavam vibracionalmente. E uma vez aberta essa porta, estamos diante de casos obsessivos de difícil resolução.

O que a Doutrina Espírita orienta sobre o carnaval?

A espiritualidade amiga nos orienta a sermos extremamente vigilantes. Não é errado querer se divertir, mas ao frequentarmos algum local para os festejos de carnaval, que seja de forma sadia e consciente.

Que cuidemos de preservar nossa integridade física, respeitando o nosso corpo. Que evitemos de usar o corpo como apenas um veículo do erotismo. O corpo nos foi dado para cumprirmos a nossa missão aqui nessa reencarnação. Nós temos que cuidar desse corpo com muito respeito.

Sabemos também que existem várias formas de trazer essas essas influências nocivas para dentro da nossa casa mental e física. Não adianta estar recluso, num retiro em meio à natureza, e manter-se com os pensamentos ligados a esse tipo de atividade, buscando mentalmente satisfazer esses desejos. Ou seja, estar longe de todas as festas urbanas do carnaval mas ainda assim vibracionalmente conectados a elas por pensamento. Pode ser da mesma forma prejudicial.

Principalmente durante o sono do corpo físico nosso espírito é quem está no comando. É ele (nosso verdadeiro eu) quem determina onde nós queremos estar. Então somos levados durante o sono a locais que existem no mundo espiritual, zonas também terríveis, onde se celebra um carnaval ainda pior, por conta dos fluidos nocivos ali existentes.

Esse psiquismo é muito mais pesado nesses locais. Lá temos toda nossa energia sugada e quando acordamos estamos cansados e adoecidos. Porque a energia vital ficou onde estava o coração e o pensamento. Esses fluidos permanecem durante dias ainda depois que acabam as festividades. 

Vigiemos então nossas ações de forma redobrada nessa época. Utilizemos da oração, que é uma ferramenta importante, principalmente nesses momentos de instabilidade energética. Através da prece podemos ajudar a dissipar toda essa energia pesada que fica na psicosfera terrestre.

Que possamos ter um período de carnaval tranquilo, que procuremos atividades que nos tragam refazimento espiritual, harmonia, paz. E que possamos contribuir também para a psicosfera do planeta, unindo-nos em bons pensamentos, criando uma corrente energética que envolva todo o nosso planeta em vibrações de paz, de amor, de solidariedade, de fraternidade.

Que sigamos acolhendo esses espíritos que necessitarão, com certeza. Sejamos, cada um de nós, um ponto de luz para apoiar as colônias espirituais instaladas no planeta durante esse período como repositório de energia.

Acompanhe a íntegra da mensagem que inspirou esta publicação:

*Imagem em destaque via pexels.com

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